Com as recentes secas e incêndios, principalmente no interior de São Paulo, as companhias de seguros estão lidando com um aumento de sinistros nos segmentos agrícolas e residenciais. Magda Truvilhano, da FenSeg, afirma que é cedo para estimar os prejuízos dos incêndios em São Paulo, já que os segurados podem demorar para reportar as ocorrências.
Assim, é relatado que o setor agrícola, apesar de as indenizações ainda não serem alarmantes, o número de sinistros é elevado, principalmente nas regiões central e noroeste de São Paulo, bem como, as principais culturas afetadas, como a cana-de-açúcar, geralmente não contratam seguro, o que pode minimizar o impacto nas indenizações.
Segundo James Hodge da corretora WTW, tal situação poderia ser mais grave se ocorressem durante a colheita das culturas de inverno, embora os prejuízos já estejam sendo contabilizados devido à seca e incêndios contínuos.
Já no agronegócio, a perda total é rara, mas há danos significativos em estruturas e máquinas. Bem como, a colheita de trigo, em especial, ainda corre risco de incêndio, como alertou Daniel Pauli, da Sombrero Seguros.
A seca é a principal causa de sinistros neste ano, representando 99,7% das indenizações, enquanto incêndios causam menos danos, sendo que o nível de seguros agrícolas no Brasil ainda é baixo, com apenas 10% de penetração.
As queimadas recentes aumentaram a percepção de risco entre pequenos proprietários rurais, como pecuaristas e produtores de leite, que tradicionalmente não contratam seguro. Além disso, Fabio Damasceno, da Mapfre, notou maior demanda por proteção de benfeitorias, equipamentos e rebanho.
Danilo Criveli, da Agrotech, relatou que a seca e os incêndios resultaram em R$ 28 milhões pagos em indenizações até setembro, sendo que no primeiro semestre de 2024, o seguro agrícola arrecadou R$ 2,2 bilhões, com um aumento de 2,3% nas indenizações, enquanto os seguros residenciais tiveram um crescimento significativo nas contratações e indenizações.
A mudança climática drástica e os recentes eventos catastróficos levaram a reflexões de possíveis contratações de seguros para maior garantia e proteção, mesmo que as queimadas não costumam ocorrer tanto, com o clima mais seco os produtos agrícolas acabam sendo bastante afetados.
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