Por Maria Eduarda Gessner Le Senechal – Trainee do núcleo Contencioso
A Lei Geral de Proteção de Dados fez com que a busca por seguros contra ataques virtuais e vazamentos de dados dobrasse no ano de 2020, se comparado com a procura no ano de 2019, conforme informações da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).
Inúmeros fatores contribuíram para isso, sendo o principal deles a entrada em vigência da Lei, no final do ano de 2020. Não obstante, inúmeras notícias de megavazamentos de dados e ciberataques – que podem acarretar em multas significativas para aqueles que não se adequarem aos requisitos legais de coleta e tratamento de dados – fizeram com que essa modalidade de seguro disparasse no Brasil.
Essa elevação de procura, registrada desde pequenas empresas até multinacionais, demonstra que o mercado está tentando se adaptar às medidas trazidas pela Lei e, além de implantar maiores parâmetros de segurança, ainda tomar providências adicionais para cobrir eventuais riscos.
Assim, contratar um seguro durante essa etapa de aumento da segurança digital e até mesmo após a completa adaptação, demonstraria maior prevenção por parte do Controlador e prudência com os dados pessoais tratados. É uma atitude necessária caso ocorra o eventual sinistro, para que se possa lidar de maneira mais rápida e eficaz, reduzindo os efeitos negativos do vazamento, mas, principalmente, para conter os danos de quem teve seus dados expostos.
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