Além de reduzir custos operacionais e melhorar a experiência do cliente, o uso da inteligência artificial pelas seguradoras também traz uma série de outros benefícios, a título de maior eficiência na avaliação de riscos, processamento de sinistros, determinação do preço das apólices e prevenção de fraudes.
Como exemplo, a Icatu Seguros conseguiu, por meio do tratamento e análise de grande quantidade de dados, que quase 90% das propostas fossem analisadas sem a necessidade de intervenção humana. Já a Seguros Unimed logrou, desde 2022, uma economia de R$ 7 milhões anuais com o uso da IA.
Ainda, no seguro de automóveis, a inteligência artificial pode ser utilizada por meio de sensores instalados no veículo, identificando eventuais problemas e até alertar os condutores sobre os riscos envolvidos. Com a redução dos acidentes, a tendência é que os valores dos seguros de automóveis também sejam reduzidos.
Em que pese todas estas vantagens, a utilização da IA traz desafios reais quanto a segurança de dados, demandando o investimento em profissionais competentes que possam garantir um bom funcionamento da tecnologia e mecanismos de controle.
Nesse sentido, a garantia de segurança e privacidade de dados dos clientes é um obstáculo ao incremento da automação no mercado securitário, sobretudo em razão da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, que estabelece regras e diretrizes sobre como as empresas podem coletar, armazenar e usar os dados pessoais dos seus clientes.
Num mundo em constante evolução e com novas tecnologias surgindo a todo momento, a única certeza é que a inteligência artificial veio para ficar e estará cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. É inevitável. Tudo o que podemos fazer é a aproveitar ao máximo para o benefício das empresas, dos consumidores e da sociedade como um todo.