Após o período de intensa movimentação no pós-pandemia, as operações de M&A (fusões e aquisições) agora se concentram em consolidar posições estratégicas, com seguradoras focando em áreas mais lucrativas e abandonando carteiras menos atrativas. Segundo especialistas do mercado, essa seletividade resulta em menos transações, mas com valores significativos, especialmente entre corretoras, que têm assumido o papel de consolidadoras no mercado.
O levantamento realizado pela consultoria Unio Partners aponta que, em 2022, foram registradas 26 operações de M&A no setor, movimentando R$ 19 bilhões, enquanto em 2023 o volume foi reduzido para R$ 8,5 bilhões em 14 transações. Já no ano atual, até outubro, foram contabilizadas 11 operações, que totalizam R$ 1,2 bilhão. Destacam-se, entre as transações, a compra de corretoras regionais por grupos maiores, como a aquisição da Montpelier pela It’sSeg e a venda de carteiras de seguradoras, o que evidencia a busca pela especialização em determinados segmentos.
O crescimento das insurtechs também vêm atraindo investimentos, como a paulista BlueCyber, a qual trabalha em um ramo mais específico, oferecendo produtos contra crimes cibernéticos. Essas empresas de tecnologia têm despertado o interesse tanto de investidores de grandes seguradoras, que as veem como potenciais fontes de inovação e diversificação dos serviços.
Desta forma, a adaptação das seguradoras e corretoras ao mercado pós-pandêmico, com foco na consolidação de suas posições e no aproveitamento de oportunidades oferecidas por empresas inovadoras, tende a impactar a regulamentação e a concorrência no setor, exigindo atenção a adaptação das práticas empresariais para garantir equilíbrio entre concentração de mercado e competitividade.
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