Dia 29 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Livro. A data foi criada em 1810, em comemoração à fundação da primeira biblioteca brasileira, a Biblioteca Nacional do Brasil, com milhares de peças trazidas por D. Pedro VI da Real Biblioteca Portuguesa.
Na busca do fomento pela leitura criamos a campanha “Boas histórias merecem ser partilhadas”. Durante a semana, diariamente, nossos colaboradores fizeram indicações de obras para leitura. Confira abaixo as obras e comentários dos colaboradores:
Luiz Augusto da Silva | Indicação: O dever do Advogado
Esse pequeno livro compila cartas entre Rui Barbosa e o jurista Evaristo de Morais. Evaristo foi procurado pelo Dr. José Mendes Tavares, réu por homicídio, para conduzir o processo contra si. A imprensa já o taxava de criminoso. Mais: desde 1910, o Brasil estava mergulhado numa disputa feroz pela Presidência da República. O Dr. Tavares, ligado aos militares, era opositor político da campanha civilista de Rui. Angustiado, Evaristo perguntou ao mestre: “devo, por ser o acusado nosso adversário, desistir da defesa iniciada?”
A resposta de Rui Barbosa foi categórica: o amigo deveria, sim, assumir a defesa. Pouco importa se o acusado é amigo ou adversário; para Rui, não há causas indignas. O ofício do advogado é buscar sempre o respeito às garantias legais, à equidade, à imparcialidade. Evaristo seguiu o conselho do mentor: tomou o caso e, três julgamentos depois, inocentou o cliente. “O Dever do Advogado” traz lição bela e atual sobre a ética da advocacia. Um clássico a ser lido por todos que querem um Direito mais humano.
Gustavo Martins | Indicação: Os 5 desafios das equipes
A obra de Lencioni aborda, por meio de uma narrativa essencialmente prática e agradável, os desafios inerentes às questões de liderança e trabalho equipe. Ao avançar na história, o autor traz ensinamentos relevantes sobre questões prejudiciais ao desenvolvimento de um time profissional de alta performance, bem como sugere instruções práticas para mitigação dos comportamentos nocivos e retomada do caminho para o atingimento dos resultados planejados.
Genésio Alves | Indicação: A pachamama e o ser humano
Por meio de pensamentos científicos, jurídicos e filosóficos, a obra do juiz argentino diz muito de nossa sociedade moderna. Leitura essencial para uma compreensão crítica e necessária quanto ao equilíbrio entre o homem e a natureza.
Eduarda Espanhol Borba | Indicação: Justiça: O que é fazer a coisa certa?
Em “Justiça”, o autor Michael J. Sandel apresenta, inicialmente, o caso do furacão Charley ocorrido em 2004, e os preços abusivos que surgiram em algumas regiões dos Estados Unidos após o evento. Inicia-se, então, uma discussão entre, de um lado, inconformidade pública, e de outro, a livre iniciativa do mercado – e o que seria “justo” diante da situação fática.
Nesse sentido, o autor segue com a apresentação de diversos casos, reais e fictícios, com o fim de promover discussões sobre o que é justiça, e quais princípios a embasam. Assim, Sandel promove uma importante discussão, a partir de reflexões morais e filosóficas, sobre o que é considerado justo em diferentes perspectivas, e qual deveria ser o papel do Estado e da lei diante de tais problemáticas.
Larissa Hey D’Andrade | Indicação: Gestão da Inovação
Os autores abordam a inovação como um processo que pode ser gerenciado, justamente por agregar para a estratégia da organização, assim como fazem distinção entre os tipos de inovação (incremental e descontínua), mapeamento do espaço da inovação e seus diferentes aspectos.
Se trata de uma referência teórica, com muitos casos de estudo, que nos dá base para a prática, preparando para o desafiante trabalho de lidar com as constantes transformações do mundo, em um mercado cada vez mais competitivo.