Os recentes apagões que atingiram a região metropolitana de São Paulo, como o de 11 de outubro de 2024, reacenderam o debate sobre os impactos desses eventos nos contratos de seguros. A FenSeg estima que as indenizações decorrentes do apagão somaram R$ 13 milhões até o momento, com 1.805 sinistros registrados, predominantemente envolvendo apólices residenciais (1.185 casos).
As coberturas mais demandadas em decorrência de eventos climáticos extremos incluem: danos elétricos (variações de tensão e queima de aparelhos), vendaval (danos por furacões, tornados e granizo) e alagamentos (danos por inundações). Tais coberturas são opcionais e podem ser adicionadas ao seguro básico, que já contempla incêndios, raios e explosões. Segundo especialistas, o custo dessas proteções é acessível, variando conforme região, limites e coberturas contratadas.
O aumento na frequência de eventos climáticos tem impulsionado a procura por seguros residenciais, que registraram um crescimento de 22,9% na arrecadação entre janeiro e agosto de 2024, alcançando R$ 4 bilhões. Apesar disso, a penetração desse tipo de seguro no Brasil permanece baixa, abrangendo apenas 15% das residências.
Especialistas destacam que a precificação dos seguros baseia-se em métricas atuariais, considerando o histórico de sinistros e tendências climáticas, embora eventos recentes ainda não tenham impactado diretamente as taxas cobradas. O mercado, por sua vez, tem ajustado produtos para atender à crescente demanda e minimizar os riscos associados aos efeitos das mudanças climáticas.
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