Com a chegada das eleições autárquicas, os donos de veículos que planejam usá-los para promover candidatos precisam estar atentos. Utilizar carros para propaganda eleitoral ou como veículos de som pode fazer com que a classificação do automóvel mude para uma finalidade comercial ou publicitária, a qual costuma não ser coberta pelos seguros pessoais. Essa mudança de classificação pode resultar na perda da cobertura em caso de acidente, visto que a maioria dos contratos de seguro de automóveis particular não cobre uso comercial.
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), se houver uma mudança na finalidade para a qual o veículo foi inicialmente utilizado, os proprietários têm a obrigação de notificar a seguradora para que uma nova avaliação de risco seja conduzida. Se essa comunicação não ocorrer, poderá haver a perda do direito ao recebimento de indenização se ficar comprovado que o risco foi intencionalmente aumentado. O uso do veículo em atividades eleitorais, como a colocação de adesivos e utilização de som, é um exemplo dessa necessidade de reavaliação, uma vez que os riscos podem variar consideravelmente.
A propaganda em veículos está sujeita às normas da legislação eleitoral, a qual autoriza, entre outras coisas, a colocação de adesivos plásticos com área máxima de meio metro quadrado nos carros. Contudo, é fundamental que os proprietários consultem suas seguradoras antes de fazer qualquer alteração ou inclusão no veículo, a fim de compreender as possíveis consequências e prevenir complicações. O ajuste da apólice a essa nova situação pode ter um custo que oscila entre R$ 200 e R$ 800 anuais, dependendo do modelo do veículo e do perfil do condutor.
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